O amor nada entende de pressa. Ele espera, pode demorar um tempo até ser percebido. Talvez um pouco atrasado, mas nunca tarde demais. Nunca é tarde para perceber que na verdade tudo isso é amor.
Não há brigas dramáticas, reconciliações ardentes ou alvoroços que cheguem a competir com o sono tranquilo do domingo de manhã, que se repete sem cansar.
Ser amado, é ser percebido. É quando ouve as mesmas histórias mil vezes, porém ouviria mais duas mil se assim o fizesse feliz.
Ou, é quando você tem tanta segurança que pode descosturar os seus segredos, mostra-los à alguém. É quando deixam você abrir seu coração.
É sua existência, agora com testemunhas, passando pela Terra.
É gostar do que vê.
O que dói é tatuagem na costela, não o amor.
“A minha mãe explicou que o amor também é namorar com cuidado. […] O amor constrói. Amar é um trabalho bom.” (Valter Hugo Mãe, O Paraíso são os outros)